Benavente - Na terra dos Senhores dos Cavalos
Zona Ribeirinha
Um passeio bonito e calmo num dia soalheiro por terras de (arroz), cavalos e touros que nos deu uma ideia do quão o tempo/clima pode subordinar o homem quando quer. O solo, antes atapetado de relva, as árvores, outrora sossegadas no seu “habitat”, estão submersas. O rio (Sorraia) um dos principais afluentes do Tejo, barrento, corre a abarrotar célere.
Na correnteza apressada, algo perigosa carrega ramos, folhagem, cria espuma, precipitando-se mais adiante na pequena represa continuando o seu curso, creio não errar, sob a Ponte da Vala Nova, vista na imagem um pouco desfocada, ao fundo.
Os barcos estão lá, mas quase invisíveis com a cor densa das águas e a folhagem mergulhada nela. As gentes do sítio ou que o visitam atravessam a ponte pedonal que serpenteia, para oferecer mais e mais água.
Apesar de se tornar uma imagem bonita e como diz o povo, quando se for, deixar os campos mais férteis; vai demorar algum tempo a escoá-la e ao aspecto "normal", quando se prevê um mês de Abril chuvoso a começar já esta semana.
As pessoas que antes se dividam pelo ajardinado, "acampam" agora na margem, sentadas no banco alguns merendavam num dia mais de Verão do que Primavera.


Nós vindos de Coruche petiscámos no Parque de Merendas da Fajarda, sítio aprazível sem viv'alma onde os pássaros trinavam e as rãs coaxavam. Como podem ver, não fomos os únicos a sentirmo-nos em paz aqui.


Então! Diz-se (acima) na placa da direita denominada "O Sonho de Santo António", que: Santo António nas suas viagens entre Pádua e Lisboa terá passado neste calmo e frondoso pinhal. Muito cansado terá acabado por fazer aqui uma sesta e no seu sonho, imaginado ser o orago desta freguesia. Ao despertar, encantado e refeito, diria daquele bonito pinhal que, "se um dia lhe fizessem uma festa, ali seria o seu Arraial" (J.Ernesto da Fonseca - 2004).
A outra é um poema, "Senhor Pinheiro Manso", também de J. Ernesto da Fonseca.