29.09.25
Ontens do Presente
Maria Ribeiro

Quando as nuvens escurecem e o sol não se empertiga nem cresta. O ruído nonsense das multidões se eclipsou...


O vento discursa rispidamente pelas praças, quelhas e esquinas, é chegado o momento de vagabundear por essa terra de Deus.

Em tempos uma menina imprimiu os seus pés e mãos na areia. Uma jovem percorreu trilhos, saltitou e dançou na rebentação, nadou nua neste mar.

Fez-se mulher entre o sal e a mata. Com fuligem ainda no cabelo, o milho e as parreiras nos olhos. Alma e o coração, reféns deste sortilégio, regressa a casa quando o vento lhe sussurra aos ouvidos. Vem... esperamos por ti!