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Letra a letra, passo a passo. A cada dia, mês e estação, um recomeço.

Recomeços

19.10.24

Quinzena Sabática


Maria Ribeiro

 

 

Escreves "descanço" ou "descanso"? - RTP Ensina

Imagem: RTP Ensina

 

Longe de inerte tenho feito bastante. Por fim, porque uma casa minimamente arrumada é coisa conveniente, penso ter arrumado estes dois cómodos por onde deambulo a desfiar penas, memórias, risos, paixões, toleimas, preferências, o que se lhe possa chamar. Creio já não existirem "tags" com erros, o mesmo talvez não aconteça em alguma publicação, pois esta alma de Deus não tem já paciência para rever tudo, como nem lhe interessa o que critiquem sempre, esteja a tal casa aprumada e a anfitriã impecável.
Dei um bom avanço na camisola do príncipe, que reina na minha vida, sendo já dono e senhor de tudo que me pertence e o que possa ainda ter para dar-lhe. Estou perdida e irreversivelmente apaixonada por este membro da Árvore Genealógica da Casa a que também pertenço, cujos encantos provocam em mim oceanos de gratidão cada vez que o tomo nos braços ou, simplesmente, olho embasbacada.
O Oftalmologista não me deu notícias más. E o Ortopedista revestiu as péssimas com recheio de amêndoa e coco: Como nunca recuso um"Rafaello", desembrulhei-os e saboreei poder continuar a mexer-me ainda que com dores excruciantes dia e noite. Viver com dor lancinante é algo crónico faz muitos anos. Como alguém disse: "O que não nos mata, fortalece-nos".
Para o mês que vem há mais! Como costumo dizer e ouvi antes aos mais velhos: o mal é começar a "frequentar" hospitais, clínicas e afins. 
Equacionei o que ainda faço aqui? Se o que tenho para dizer é interessante ou imprescindível? Partindo do princípio que ninguém é insubstituível e há sempre gente nova e fascinante com coisas para dizer, obtive a resposta. Seja!
Reprimir o modo como escrevemos, para mim não é escrever. "Possuir" um blogue estagnado, mais vale não o ter. Contudo, não se amordace quem ainda sinta em si, força para "gritar" através da palavra.
Respeite-se quem entende abandonar isto e não regressar sem qualquer explicação. A razão assiste-lhe sempre! Uma vez que existirá sempre uma razão para isso que, cada um, pode ou não querer partilhar. Como há (razões) noutras situações. Logo não critico nem condeno, como faz "espécie" a alguns.
Fiz muitas mais coisas. Distraí-me, li, experimentei novos sabores e lugares, vi serem aceites trabalhos meus para Antologias em progresso.
Ando há um ano e meio, desde que soube que ele vinha a caminho, a ponderar publicar um livro infantil para o meu Príncipe onde reúna histórias, jogos, cantigas, costumes, coisas giras que um dia lhe lembrem a avó. Creio que ainda não é este ano. A preguiça leva a melhor. Faço mal! Quando se pensa, deve realizar-se a obra, sob pena de ficar suspensa no tempo.  Não é de todo desejável! Enfim...