Símbolos Pascais
Imagem: Universo das Flores
Relacionado com a boa sorte é um dos grandes símbolos da Páscoa. Outro dos grandes símbolos é a oliveira, reportando-nos à entrada de Jesus em Jerusalém, quando o povo agitava em júbilo ramos de oliveira e de palmeira aclamando o filho de David, antes de O condenarem à morte.
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A palavra alecrim tem origem no termo em árabe "al-iklil", que significa "Coroa das Montanhas", usada muitas vezes para descrever outras plantas como o rosmaninho, que possui características semelhantes, mas pertencem a géneros diferentes tanto no que diz respeito à flor como à palavra: rosmarinus (no caso do alecrim) e lavandula (no do rosmaninho).
A palavra rosmarinus é originária do nome latino “Ros Maris” que significa “Orvalho do Mar”, porque crescia espontaneamente à beira-mar. O alecrim foi introduzido nos Alpes pelos monges para ser plantado nos jardins dos mosteiros. Diziam que a planta crescia até a altura de Jesus Cristo aos 33 anos, mas que depois disso não crescia. Somente alargava.
Diz-se que o alecrim cresce bem no jardim de uma casa feliz e de família muito hospitaleira.
A Lenda do Alecrim
Conta a lenda que quando José e Maria fugiram para o Egito, levando Maria o menino Jesus nos seus braços, as flores que encontravam pelo caminho se abriam à medida que passavam por elas. O lilás terá erguido os seus galhos orgulhosos e emplumados e o lírio o seu cálice. Mas o alecrim, sem pétalas nem grande beleza, ficou desolado por poder não agradar o menino.
Após muito tempo de viagem, cansados tiveram de parar e Maria foi até à beira do Rio aproveitando enquanto Jesus dormia para lavar as suas roupas. Quando teve de as secar, olhou em redor procurando um lugar adequado para estendê-las. E pensou: "O lírio cederá sob o peso, e o lilás é alto demais." Reparou então no alecrim e sobre ele decidiu depor as roupinhas de Jesus. A planta exultou agradecida e alegremente susteve-as até secarem.
Maria agradeceu ao Alecrim a gentileza e determinou que dali em diante ostentasse flores azuis como o manto que usava. E não apenas as flores, mas todos os galhos que ampararam as roupas do Menino, passariam a ser aromáticos. Abençoando folha, caule e flor que emanariam pureza e alegria.
Na Grécia antiga, acreditava-se que o alecrim fortificava o cérebro, por isso usavam-se grinaldas com as folhas da planta na preparação para os exames e a erva era queimada nas escolas e nas universidades. Os gregos e também os romanos relacionavam-no com o amor e com a morte. Por isso era comum o seu uso em casamentos e funerais. Em Atenas colocavam folhas de alecrim nas mãos dos falecidos, como símbolo da imortalidade da alma. E em Roma queimavam-no para purificar os túmulos dos mortos e as casas dos doentes.
No Antigo Egito, usavam-no no processo de mumificação dos mortos. E na Idade Média curandeiros e feiticeiras medievais usavam as folhas queimadas sobre brasas para afastar o diabo da casa.
