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Letra a letra, passo a passo. A cada dia, mês e estação, um recomeço.

Recomeços

02.05.24

Tão perto de casa


Maria Ribeiro

 

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Fotografias minhas

Vista parcial do Moinho de Maré de Corroios

 

Não é preciso entrar no carro, nem percorrer longas distâncias a pé. É quase como estalar os dedos e mal saída a porta da rua, está-se ali. Num pedacinho de céu à parte, ainda dentro do "invólucro" citadino de burburinhos e escapes, escapando completamente a eles nesta espécie de "bolha" tão, mas tão próxima de casa que na sua simplicidade transporta para outros ares e paisagens.


Gosto de sentar-me aqui. Observar quem chega, não conhece e puxa do telemóvel ou máquina, curioso. Os que trazem "guia", que lhes explica o que é hoje, o que foi outrora e História, é o que não falta nestes lugares e redondezas. Alguma a espelhar palácios ainda de pé, orgulhosos e a seu modo, imponentes, como a vida fidalga de antigamente entrelaçada com a do povo dessa altura. 

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D. Nuno Álvares Pereira

 

Por aqui em contemplação ou deambulando não pode deixar de vir-nos à ideia quem por aqui passou? E tantos foram!
Os que se tornariam senhores e senhoras destas terras, exemplo para muitos, "alvo" de estudo dos vindouros, como lendas ainda "vivas", nos Concelhos e Distrito.


Primeiro andar do Moinho de Maré de Corroios

Barco dos Moinhos e Fragatas

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Sentados aqui, recriamos outros tempos, ou pretendemo-lo. Ficando aquém, de como seria navegar nestas águas, em tais "veículos". Se comercializava e o quê? A que custo no percurso e valor na entrega da mercadoria?

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Outros espólios, que espero, um dia também "imortalizarei" aqui. Destroçados pela acção do tempo, conservam ainda na sua traça uma torre sineira, de onde sobressai uma cruz, outrora venerada, a quem se teceu alguma prece. Sem dúvida atendida, ou não...

Algumas imagens do andar térreo do Moinho
Tenho uma publicação mais pormenorizada, deste espaço, datada de 2013

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Quando os miro, aqui sentada. Ou alcanço, mais lá para baixo, a olho nu, da minha janela, na estrada que atravessa o coração do Alentejo, rumo ao Algarve, queria poder devolver-lhes o prumo e o respeito que lhes é devido! 
Não deixam de lembrar-me as Gentes estoicas de antanho. Felizmente, ainda existem poucas, mas boas! Quais gemas raras, recusando tenaz e altivamente a decrepitude total e o esquecimento da morte.

Na opinião da autora: Não lhes sendo dado, como merecem e se impõe, o restauro e estatuto antigos, transformá-los-iam, pelo menos, em interessantíssimos museus onde se contasse a vida e obra de quem as ergueu e ocupou!