Tão perto de casa
Fotografias minhas
Vista parcial do Moinho de Maré de Corroios
Não é preciso entrar no carro, nem percorrer longas distâncias a pé. É quase como estalar os dedos e mal saída a porta da rua, está-se ali. Num pedacinho de céu à parte, ainda dentro do "invólucro" citadino de burburinhos e escapes, escapando completamente a eles nesta espécie de "bolha" tão, mas tão próxima de casa que na sua simplicidade transporta para outros ares e paisagens.
Gosto de sentar-me aqui. Observar quem chega, não conhece e puxa do telemóvel ou máquina, curioso. Os que trazem "guia", que lhes explica o que é hoje, o que foi outrora e História, é o que não falta nestes lugares e redondezas. Alguma a espelhar palácios ainda de pé, orgulhosos e a seu modo, imponentes, como a vida fidalga de antigamente entrelaçada com a do povo dessa altura.
Por aqui em contemplação ou deambulando não pode deixar de vir-nos à ideia quem por aqui passou? E tantos foram!
Os que se tornariam senhores e senhoras destas terras, exemplo para muitos, "alvo" de estudo dos vindouros, como lendas ainda "vivas", nos Concelhos e Distrito.
Primeiro andar do Moinho de Maré de Corroios
Barco dos Moinhos e Fragatas
Sentados aqui, recriamos outros tempos, ou pretendemo-lo. Ficando aquém, de como seria navegar nestas águas, em tais "veículos". Se comercializava e o quê? A que custo no percurso e valor na entrega da mercadoria?
Outros espólios, que espero, um dia também "imortalizarei" aqui. Destroçados pela acção do tempo, conservam ainda na sua traça uma torre sineira, de onde sobressai uma cruz, outrora venerada, a quem se teceu alguma prece. Sem dúvida atendida, ou não...
Algumas imagens do andar térreo do Moinho
Tenho uma publicação mais pormenorizada, deste espaço, datada de 2013
Quando os miro, aqui sentada. Ou alcanço, mais lá para baixo, a olho nu, da minha janela, na estrada que atravessa o coração do Alentejo, rumo ao Algarve, queria poder devolver-lhes o prumo e o respeito que lhes é devido!
Não deixam de lembrar-me as Gentes estoicas de antanho. Felizmente, ainda existem poucas, mas boas! Quais gemas raras, recusando tenaz e altivamente a decrepitude total e o esquecimento da morte.
Na opinião da autora: Não lhes sendo dado, como merecem e se impõe, o restauro e estatuto antigos, transformá-los-iam, pelo menos, em interessantíssimos museus onde se contasse a vida e obra de quem as ergueu e ocupou!