Tradições Mundiais de Páscoa
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Capirotada – México
A comida típica do México por ocasião da Páscoa começa a ser servida e consumida ainda na Quaresma. A Capirotada é um pudim de pão com frutas, cuja receita muda conforme a região. Mas alguns ingredientes são obrigatórios, tal como pão, frutas, o cravinho e a canela. Esta sobremesa está cheia de significado, uma vez que evoca a crucificação de Jesus. O pão é o corpo, os paus de canela, a cruz. O mel, o sangue derramado e os cravos, os pregos. Esta doçaria não pode faltar na mesa de um casa mexicana durante a Semana Santa. É uma tradição no norte do México e, tal como as torrijas.
Faz-se à base de pão seco e pão com alguns dias. As fatias de pão são fritas em azeite e colocadas em camadas, alternando com mel, aromatizado com (canela e cravinho) especiarias. Acompanha com frutos secos, ou fresco e queijo.

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Mämmi – Finlândia
Uma das comidas típicas de Páscoa da Finlândia é o Mämmi, uma sobremesa à base de farinha de centeio, malte, melaço, água, sal e raspas de laranja. É algo morosa de fazer e ficar pronta. Já que deve repousar numa forma de casca de vidoeiro antes de ir ao forno. E quando está cozida deve, para se obter um bom resultado, esperar-se três ou quatro dias para a servir.
Pode comer-se na sexta-feira Santa, quando se devem evitar tarefas domésticas e fazer refeições simples e frias. Ou habitualmente no domingo de Páscoa, acompanhada com chantilly ou creme inglês e gelado.

Polónia - Mazurek
O mazurek é um bolo de folhas finas, seguido de uma segunda camada de massa, coberto por creme de chocolate, pistácio... A receita muda muito e não há limites para o preparar! O Mazurek, também conhecido como mazurka, também o nome de uma dança folclórica polaca, é um bolo feito com massas fermentadas ou não, podendo também ser coberto com pasta de amêndoa, frutas secas, nozes, suspiros e, às vezes, não leva cobertura. Tradicionalmente serve-se na Páscoa, este doce delicioso e fácil de fazer que actualmente é hábito tê-lo nas mesas todo o ano.

Imagem: Mes Inspirations Culinaires
O prato mais tradicional da Páscoa no Líbano é o maamoul, um é um biscoito amanteigado feito com massa de semolina, água de rosas e de flor de laranjeira que pode ser recheado com nozes, pistácio ou tâmaras. Costuma-se dar-se como presente e tem muito significados religioso! A consistência húmida remete para a esponja dada a Jesus no momento da crucificação. A parte de fora, sem açúcar, evoca a morte de Cristo e o recheio doce, para a ressurreição. Estes biscoitos são populares nos feriados do Oriente Médio, tais como o Ramadão, o Eid e a Páscoa. São conhecidos por demorarem a fazer e serem muito artísticos ao ponto de se usarem pinças para criar os desenhos e os diversos estilos de formas.
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Fanesca – Equador
A Fanesca, também conhecida como Ushucuta, considerada património cultural do Equador, é um prato/sopa, que termina com a abstinência e o jejum da Quaresma. No Equador existem tradições comuns às cristãs, como as procissões. Mas também há eventos únicos, como a Arrastada de Caudas. A comemoração fúnebre de homenagem a Cristo
Os ingredientes vêm de todas as regiões do país, representando por isso a diversidade alimentar e a união do povo equatoriano. A receita leva peixe, leite, queijo, feijão, farinha de trigo, alho e doze tipos de grãos, que simbolizam os doze apóstolos de Jesus Cristo.

Chucula - Equador
A Chucula é originária da região amazónica, da comunidade indígena Siona, na província de Sucumbíos. Trata-se de uma sobremesa em forma de bebida, típica do Equador, habitualmente servida às refeições durante a semana santa. É feita com bananas maduras, canela e leite. As bananas descascadas são fervidas 10 minutos com um pouco de canela e depois batidas com leite. Nesta mistura cada um dá o seu toque pessoal, podendo levar queijo ralado, passas, açúcar, farinha torrada, baunilha...
A sua versatilidade permite-lhe ser servida quente ou fria, frequentemente acompanhada de pão ou torradas, sendo um alimento básico reconfortante. A bebida carrega profundo significado cultural. Na comunidade Siona, a bebida é associada a rituais comunitários como o contar de histórias e o compartilhar de alimentos e conhecimento comunitário.
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